terça-feira, 15 de dezembro de 2009

AS DELÍCIAS DO JILÕ!

Jiló (Solanum gilo Raddi)
É um fruto tropical colhido ainda imaturo, que possui grande volume gasoso intercelular (? 50%) e praticamente não foi estudado sob o ponto de vista de pós-colheita. Sabe-se, no entanto, que seus frutos se assemelham aos da berinjela em sua anatomia, fisiologia e fisiopatologia. Devido ao seu grande volume gasoso intercelular o jiló é pouco sensível a injúria mecânica de impacto e é sensível a injúria de compressão (amassamento). As cultivares de jiló disponíveis tem sabor amargo ou extremamente amargo, são produtivas (40 t/ha) e o formato pode ser redondo ('Verde Redondo'), oblongo (`Morro Grande`) ou alongado ('Comprido Cachoeira´).


A colheita do jiló inicia-se 90 a 100 dias após a emergência, prolongando-se por mais de três meses (Filgueira, 1972). O jiló é usualmente colhido verde com cerca de 20 a 30 g. A colheita é feita cortando-se o pedúnculo com faca ou tesoura. O amadurecimento do fruto é indesejável e em temperaturas próximas a 20°C ocorre em poucos dias. Frutos já amadurecidos com cor vermelha e sementes endurecidas são imprestáveis para consumo.


O jiló é um fruto sensível a injúria de resfriamento. Sob temperaturas menores que 10 °C ocorre escurecimento das sementes e a formação de áreas deprimidas na casca. A semelhança com a berinjela sugere que a conservação do jiló deve ser feita em temperaturas de 10 e 13 °C sob umidade relativa do ar elevada (>95%).


O jiló é muito sensível à desidratação que pode ser reduzida com emprego de sacos plástico perfurados e o uso de cera. Adicionalmente, camada mais espessa de cera poderia ser empregada para aumentar a vida útil do fruto pelo atraso no amadurecimento. A exposição do jiló ao etileno liberado por outros frutos como a maçã e o maracujá, ou por motores a explosão acelera o amadurecimento e deve ser evitada.